Os Gases Nobres

      Ao contrário dos metais e não metais,os átomos dos gases nobres dificilmente se combinam com os outros.Normalmente são encontrados isolados,formando uma substancia simples e monoatômicas.Por isso são considerados relativamente inertes,ou seja,incapazes de reagir a outras substancias.Em 1962,o químico britânico-canadense Neil Bartlett (1932) sintetizou,acidentalmente, a primeira substância composta contendo átomos de um gás nobre: o tetrafluoreto de xenônio.Atualmente,já foram sintetizadas mais de 80 substâncias contendo átomos de xenônio.Você não consegue ver os gases nobres,mas sua utilização é bastante visível:eles são largamente empregados em painéis luminosos de propaganda e em lâmpadas fluorescentes.
Os componentes dos gases nobres são:
Gás Hélio: incolor e inodoro equivale ao segundo elemento químico mais abundante no universo e só perde para o hidrogênio, é encontrado em 20 % da matéria das estrelas, mas na atmosfera terrestre a quantidade é mínima. Existem os depósitos naturais de Hélio nos Estados Unidos, Rússia e Argélia, nestes locais é possível obter quantidades significativas do gás. Podem se encontrar amostras do gás Hélio em águas minerais e erupções vulcânicas. A densidade do Hélio é menor que a densidade do ar, tornando-o mais leve. 
Aplicações: é usado para encher balões e dirigíveis, foi escolhido para este fim por ser um o gás menos inflamável. É aplicado ainda como líquido refrigerante de materiais supercondutores e como gás de equipamentos para mergulhos de grande profundidade.
A utilização mais conhecida do gás é no que diz respeito a dispositivos emissores de luz, tais como tubos eletrônicos e em lâmpadas ultravioletas (aquelas de bronzeamento artificial). Uma aplicação mais recente é na obtenção dos display de plasma para os modernos televisores. Em locais que se deseja uma visão noturna satisfatória é aconselhável o uso de lâmpadas de alta energia à base da luz ultravioleta, esta é obtida a partir do gás Xenônio presente também em lâmpadas especiais para aviação e projeções cinematográficas (lâmpadas de cinema). Lâmpadas especiais para flashes fotográficos e até mesmo para destruição de bactérias (lâmpadas bactericidas) contam com a presença deste gás nobre em sua composição. Uma novidade na aplicação de Xenônio está nos faróis de veículos que possuem a vantagem de iluminar três vezes mais e ainda consomem 40% menos de bateria do que os comuns.
Aplicações: é usado na radioterapia e na composição de cápsulas para aplicação em pacientes com câncer. Para esta última finalidade o gás é obtido a partir do elemento químico radioativo: Rádio (Ra)

Gás Neônio: ao ser atravessado por uma corrente elétrica sob-baixa pressões, emite uma luz brilhante com tom de roxo, que dá luz as nossas conhecidas lâmpadas fluorescentes. Aqueles belos letreiros luminosos usados para anúncios, só existem graças ao Neônio.  O peso atômico do Neônio é: 20,183 uma (u), sendo considerado o segundo gás nobre mais leve.
Aplicações: quando misturado ao seu vizinho Argônio, dá origem a válvulas para raios-X. Se torna muito útil em laboratórios na forma de detector de íons.  As pequenas lâmpadas de sinalização usadas em aparelhos elétricos e eletrônicos contêm gás Neônio em sua composição. Nos sensores ultrassensíveis de infravermelho, o Neônio é usado na forma líquida.

Gás Argônio: este é o gás nobre mais abundante em nosso planeta, pertence à classe dos gases inertes que não participam de reações químicas. A maior quantidade de gás Argônio se encontra na mistura gasosa do ar atmosférico, constitui 0,93% do volume do ar que respiramos.
Aplicações: devido a sua pouca reatividade, o Argônio é aplicado em peças de museus para uma melhor conservação das relíquias. É aplicado em lâmpadas incandescentes para evitar a corrosão do filamento de tungstênio presente neste tipo de lâmpada. É considerado protetor para soldas, pois evita oxidação, protegendo-as das substâncias ativas do ar. Esta é a chamada soldagem especial com atmosfera protetora. Pode ser usado para inflar airbags de automóveis. Lasers a base de Argônio são aplicados na medicina em cirurgias dos olhos.

Gás Criptônio: as regiões onde pode se encontrar Criptônio são diferenciadas, entre elas estão as que contem vulcões. Neste local, o elemento pode ser extraído dos gases vulcânicos e das águas termais. O método usado para esta extração é a destilação fracionada. A potencialidade de iluminação oferecida por estes gases nobres vai mais além, os sistemas de iluminação de aeroportos utilizam a mistura destes gases para obter uma luz vermelha, cujo alcance é bem maior que das lâmpadas comuns. Inclusive, este tipo de iluminação é usada no cinema, está presente nos projetores cinematográficos e, ainda, na forma de flash fotográfico para fotografar em altíssima velocidade. O laser de Criptônio é usado na medicina para cirurgia da retina dos olhos

Gás Xenônio: se apresenta como gás inodoro, de peso elevado e incolor. Possui as mais diversas utilizações que vão desde a medicina até a propulsão de foguetes. Mas as aplicações são limitadas, devido ao seu elevado custo e reduzida abundância
Pode ser usado como anestésico em anestesia geral. Submetido a acelerador de partículas, o elemento dá origem a íons de Xenônio usados na projeção de foguetes espaciais. 

Gás Radônio: em temperatura ambiente é um gás incolor, mas quando submetido ao resfriamento abaixo do ponto de solidificação, passa a exibir uma fosforescência brilhante de tom amarelado quando está com a temperatura reduzida e vermelha alaranjada quando começa a atingir o estado de ar liquefeito. 

Gás Ununóctio: pela posição na tabela periódica, a previsão é que apresente propriedades químicas similares ao radônio. Provavelmente será o segundo elemento gasoso radioativo, e o primeiro gás com semicondutividade. Entretanto, dados obtidos por cálculos sugerem que o elemento pode não ser gasoso, visto que isso é improvável para um elemento com uma massa tão elevada, devido ao aumento das interações intermoleculares. Este fato é reforçado ainda mais pela influência dos efeitos quânticos relativísticos. Estima-se que o ponto de fusão do elemento seja em torno de 47°C, de modo que ele seja um sólido à temperatura ambiente. Supõe-se também, baseada na tendência observada no grupo, de que o ponto de ebulição do elemento seja apenas cerca de 2°C acima do ponto de fusão. Além disso, prevê-se que ele será bem mais reativo que os demais elementos do grupo.







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